quarta-feira, 30 de julho de 2014

Felipão quer Grêmio com espírito aguerrido e pensa em títulos em 2014

Técnico comentou que tem apoio de dirigentes da oposição para permanecer no clube

Felipão foi apresentado no Grêmio <br /><b>Crédito: </b> Samuel Maciel / CP
Felipão foi apresentado no Grêmio
Crédito: Samuel Maciel / CPovo

Animado, feliz e à vontade. Na sua primeira entrevista coletiva como técnico do Grêmio, Luiz Felipe Scolari, afirmou que está em casa e cercado de pessoas que lhe fazem bem. Durante a sua manifestação nesta quarta, Felipão brincou, provocou risos e disse que deseja ver um time com o espírito do torcedor: aguerrido. Com este sentimento, o treinador deixou claro que é possível pensar em títulos ainda em 2014.

"Gente, é só olhar o grupo do Grêmio e dá para acreditar. O time está numa posição razoável dentro do Campeonato Brasileiro, mas é possível chegar. Eu gosto da Copa do Brasil, mas é preciso pensar no Brasileirão, embora o Cruzeiro esteja escapando. O trabalho irá render", prometeu.

No começo da entrevista, após a manifestação do presidente Fábio Koff, Felipão comentou que o Tricolor seria o único clube para o qual ele aceitaria voltar. "Eu jamais aceitaria outro convite que não fosse do Grêmio. Todos sabem da minha identificação com o clube e todos sabem que sou torcedor deste clube. Eu estava precisando de carinho, de um abraço e somente aqui eu poderia encontrar. A recepção da torcida foi maravilhosa", declarou.

Ao ser questionado sobre o prazo do contrato com o Grêmio, Felipão contou como recebeu o convite do presidente Fábio Koff. "Eu estava assistindo ao jogo contra o Coritiba e logo depois da partida tocou o telefone. A Olga (esposa) atendeu e me avisou era o doutor Koff. Fui atendê-lo e conclui que com a aquela voz só poderia ser", disse entre risos.

Sem tempo de contrato definido

Felipão não esclareceu o tempo de contrato com o Grêmio e até comentou que o vínculo foi feito numa folha de papel que estava no restaurante onde almoçou com Koff. "O trabalho não tem prazo, pode ser seis meses como pode ser cinco anos e, se for assim, melhor. O mais importante é que eu sei que tenho apoio até dos dirigentes de oposição porque o presidente fez questão de ligar para seus pares com intenção de definir isto", disse. 

Segundo Felipão, após o convite, ele quis antes discutir a possibilidade com a esposa e com os filhos. O técnico considerou muito a possibilidade de assumir o clube no meio do campeonato. "Olha, eu me lembrei da primeira vez em que cheguei ao Grêmio, em 87. Assumi no meio de um campeonato e assim foi em 1993. Entendi que não teria problema. Até pensei, depois do primeiro contato com o doutor Koff, que ele tinha esquecido ou desistido, até que na segunda-feira veio uma segunda ligação e eu aceitei conversar", recordou.

Felipão fez  muitos elogios ao auxiliar-técnico Ivo Wortmann, que classificou como um grande gremista. "A nossa pretensão é fazer um trabalho integrado com as categorias de base e o Ivo está aqui para isso. Na década de 90, nós fizemos este trabalho de renovação e me recordo que fui até Londrina para acompanhar jogos dos juvenis. Daquelas partidas tiramos Carlos Miguel e Emerson", afirmou.

O novo técnico do Grêmio assumirá o time a partir da próxima segunda-feira e tem estreia marcada para o Gre-Nal do dia 10 de agosto. Felipão minimizou a situação e diz que vai trabalhar forte antes do clássico.

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