A cultura de
futebol que pode construir a dinastia Grêmio
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28 de julho de 2017, 0:10
Grêmio chega a décima terceira
semifinal na Copa do Brasil
A classificação para a semifinal da Copa do Brasil já havia sido
praticamente confirmada na goleada de 4 a 0 aplicada na Arena em Porto Alegre,
tanto que Renato Portaluppi escalou um time misto diante do Atlético Paranaense
em Curitiba, poupando alguns titulares para o importante jogo deste domingo
contra o Santos. A vaga, obviamente, veio na bagagem da delegação e o Tricolor
dos Pampas vem muito forte em busca do hexa da Copa do Brasil. É o Rei de
Copas. O placar de 7 a 2 no agregado retrata fielmente a diferença entre os
times do Grêmio e do Atlético Paranaense, que praticam esportes
diferentes.
Este Grêmio do mito Portaluppi tem plenas condições de lutar pelos
títulos da Libertadores, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Que fase
mágica vivemos. Este Grêmio joga o melhor futebol do Brasil e um dos melhores
do continente. Não me canso de falar. Nós temos condições de enfrentar qualquer
adversário da América do Sul, em qualquer estádio, em qualquer circunstância.
Vamos saborear cada segundo de cada partida deste Grêmio. São aulas de futebol.
Podemos estar vivendo a história, presenciando um dos anos mais espetaculares
da existência da nossa instituição.
O Grêmio seguirá forte peleando nas três frentes até o fim da temporada
e a torcida mais fanática do país o apoiará em busca das conquistas. Mas queria
abordar esta cultura de futebol consolidada pelo Imortal. Desde 2015, o toque
de bola dinâmico e envolvente é a qualidade principal deste Grêmio. O começo
desta construção se deu com Roger Machado e o seu método estudioso e obcecado
pela questão tática. Renato Portaluppi chegou com conhecimento de causa,
experiência e a boa malandragem para lidar com os boleiros, corrigiu alguns
erros e aperfeiçoou o jogo gremista.
A base da equipe está mantida por três anos, jogadores promissores
surgiram das categorias de base, outros talentos vieram para reforçar, e assim
formou-se este time absurdamente genial. A essência do futebol brasileiro está
na maneira do Grêmio atuar, afirmou o técnico do São Paulo, Dorival Júnior. O
Tricolor tem posse e toque de bola, agressividade, competitividade e sempre, eu
disse, SEMPRE, controla os jogos e domina seus adversários. O Grêmio produz
obras de arte a cada noventa minutos.
E isso tudo não caiu do céu, é o pensamento a médio e longo prazo, fruto
da inteligência da direção, desde que começou a gestão com extrema
responsabilidade financeira, colocando as contas em dia, fazendo o Grêmio
respirar. Desde 2015, o time tem a espinha dorsal mantida, com Marcelo Grohe,
Pedro Geromel, Ramiro, Maicon, Pedro Rocha e Luan. Isso faz muita diferença.
Jovens oriundos da base e reforços pontuais muito bem escolhidos completaram o
forte elenco atual do Tricolor, que, nas mãos de Portaluppi, virou este Grêmio
Show versão 2017.
A temporada atual
tem tudo para ser uma das mais vitoriosas da história do Grêmio e vamos viver
ela intensamente. Toque de bola, talento, qualidade técnica, dinamismo,
movimentação, segurança na defesa, meio de campo consistente e criativo, além
do ataque avassalador. Este é o Grêmio que pode copar TUDO neste 2017. Vital
também é manter esta cultura de futebol, trabalhando ela desde a gurizada. Se
for somada a essa conta a manutenção de uma espinha dorsal no time titular, de
uma base no elenco que mude pouco, reforçando pontualmente, o Grêmio tem tudo
para construir uma dinastia de muitos anos no futebol da América Latina,
lutando sempre por todos os títulos.