sábado, 29 de julho de 2017

DINASTIA GRÊMIO VAI CHEGAR A EXISTIR ?

A cultura de futebol que pode construir a dinastia Grêmio
Por 
Eduardo Jenisch, do Respirando o Grêmio
28 de julho de 2017, 0:10


Grêmio chega a décima terceira semifinal na Copa do Brasil 


A classificação para a semifinal da Copa do Brasil já havia sido praticamente confirmada na goleada de 4 a 0 aplicada na Arena em Porto Alegre, tanto que Renato Portaluppi escalou um time misto diante do Atlético Paranaense em Curitiba, poupando alguns titulares para o importante jogo deste domingo contra o Santos. A vaga, obviamente, veio na bagagem da delegação e o Tricolor dos Pampas vem muito forte em busca do hexa da Copa do Brasil. É o Rei de Copas. O placar de 7 a 2 no agregado retrata fielmente a diferença entre os times do Grêmio e do Atlético Paranaense, que praticam esportes diferentes. 


Este Grêmio do mito Portaluppi tem plenas condições de lutar pelos títulos da Libertadores, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Que fase mágica vivemos. Este Grêmio joga o melhor futebol do Brasil e um dos melhores do continente. Não me canso de falar. Nós temos condições de enfrentar qualquer adversário da América do Sul, em qualquer estádio, em qualquer circunstância. Vamos saborear cada segundo de cada partida deste Grêmio. São aulas de futebol. Podemos estar vivendo a história, presenciando um dos anos mais espetaculares da existência da nossa instituição.


O Grêmio seguirá forte peleando nas três frentes até o fim da temporada e a torcida mais fanática do país o apoiará em busca das conquistas. Mas queria abordar esta cultura de futebol consolidada pelo Imortal. Desde 2015, o toque de bola dinâmico e envolvente é a qualidade principal deste Grêmio. O começo desta construção se deu com Roger Machado e o seu método estudioso e obcecado pela questão tática. Renato Portaluppi chegou com conhecimento de causa, experiência e a boa malandragem para lidar com os boleiros, corrigiu alguns erros e aperfeiçoou o jogo gremista.


A base da equipe está mantida por três anos, jogadores promissores surgiram das categorias de base, outros talentos vieram para reforçar, e assim formou-se este time absurdamente genial. A essência do futebol brasileiro está na maneira do Grêmio atuar, afirmou o técnico do São Paulo, Dorival Júnior. O Tricolor tem posse e toque de bola, agressividade, competitividade e sempre, eu disse, SEMPRE, controla os jogos e domina seus adversários. O Grêmio produz obras de arte a cada noventa minutos.


E isso tudo não caiu do céu, é o pensamento a médio e longo prazo, fruto da inteligência da direção, desde que começou a gestão com extrema responsabilidade financeira, colocando as contas em dia, fazendo o Grêmio respirar. Desde 2015, o time tem a espinha dorsal mantida, com Marcelo Grohe, Pedro Geromel, Ramiro, Maicon, Pedro Rocha e Luan. Isso faz muita diferença. Jovens oriundos da base e reforços pontuais muito bem escolhidos completaram o forte elenco atual do Tricolor, que, nas mãos de Portaluppi, virou este Grêmio Show versão 2017.


A temporada atual tem tudo para ser uma das mais vitoriosas da história do Grêmio e vamos viver ela intensamente. Toque de bola, talento, qualidade técnica, dinamismo, movimentação, segurança na defesa, meio de campo consistente e criativo, além do ataque avassalador. Este é o Grêmio que pode copar TUDO neste 2017. Vital também é manter esta cultura de futebol, trabalhando ela desde a gurizada. Se for somada a essa conta a manutenção de uma espinha dorsal no time titular, de uma base no elenco que mude pouco, reforçando pontualmente, o Grêmio tem tudo para construir uma dinastia de muitos anos no futebol da América Latina, lutando sempre por todos os títulos.


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