História de
conflitos13/06/2012 |
11h05
"Fico nervoso até hoje", comenta Dinho sobre briga com Válber em 1995
Ex-jogadores gremistas relembram a rivalidade contra o Palmeiras na década de 90
"Nem vi de onde veio a mão", relembra o ex-volante do
Grêmio sobre o epísódio na Libertadores de 95 Foto:
Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Luís Henrique Benfica
— Eu sabia que vocês iriam me ligar para lembrar dessa história. Não gosto
nem de falar. Fico nervoso até hoje — dispara o ex-volante gremista Dinho, ao
receber telefonema de Zero Hora.
A história, claro, foi sua briga com o meia Válber, do Palmeiras, na noite de 26 de julho de 1995, em jogo pelas quartas de final da Libertadores, no Olímpico, uma das tantas partidas inesquecíveis entre os dois clubes. Uma pancadaria tão marcante quanto a goleada de 5 a 0 aplicada pelo time de Luiz Felipe sobre o de Carlos Alberto Silva.
O conflito teve início a 25 minutos do primeiro tempo. Dinho conta que tentou dar uma cabeçada em Válber. Este, mesmo sem ser atingido, caiu no gramado. Temendo ser expulso, o volante afastou-se. Enquanto caminhava, conforme relata, teve o nariz atingido por um soco do palmeirense.
— Nem vi de onde veio a mão. O Bolzoni (médico Márcio Bolzoni) precisou colocar algodão no meu nariz — recorda.
Foi o estopim da confusão. Já fora do gramado, Válber ainda levaria voadoras do próprio Dinho e de Danrlei. Suspenso a partir da imagem da televisão, o goleiro ficaria fora do jogo de volta, em São Paulo. Só após 14 minutos, com a entrada em ação da Brigada Militar, os ânimos serenaram.
Não fosse a presença de policiais civis e brigadianos, a briga teria prosseguido em uma delegacia da Azenha, onde os dois protagonistas iniciais foram prestar depoimento. Já na chegada, novo tumulto. "Pega ele", foi o coro que Dinho ouviu de um grupo de torcedores gremistas que aguardava o ônibus na parada em frente à DP.
— Lá dentro, uns caras que estavam presos ficavam batendo nas grades e pedindo que eu acertasse o Válber. Mas tinha um delegado no meio da gente — sorri o ex-volante.
Dinho teve a chance do revide 10 anos depois, quando reencontrou-se com Válber em festa numa casa noturna em Porto Alegre. Após discussão, os dois só não se engalfinharam devido à intervenção dos seguranças da boate.
A paz, por fim, foi selada no ano de 2008, em um restaurante em Recife, por interferência de amigos comuns, que os incentivaram a jantar juntos. Mas, até hoje, Dinho não se considera amigo de Válber.
— Não vamos mais nos estranhar quando nos encontrarmos. Mas, amigos, não somos — avisa.
"Não tinha papo, nem aperto de mão", relembra DanrleiInstalado em seu gabinete na Câmara Federal, o ex-goleiro Danrlei é rápido ao justificar porque havia tanta motivação dos jogadores do Grêmio nos confrontos com o Palmeiras na década de 1990. Vencer era quase uma questão de honra para o time gaúcho, interpreta o deputado do PSD.
— Em São Paulo, o Palmeiras era apontado pela imprensa como o melhor time do país. O Grêmio era visto como um cavalo paraguaio, mesmo já tendo conquistado uma Libertadores (em 1995). Contra eles, nem era preciso palestra de motivação do Felipão — diz.
A rivalidade era tanta que os jogadores das duas equipes mal se falavam antes e depois dos jogos. Diálogo entre um gremista e um palmeirense só quando Danrlei se encontrava com o lateral Roberto Carlos em convocações da Seleção Brasileira.
— Nos jogos, não tinha papo, aperto de mão, nem sorrisinho.
A eliminação do Grêmio pelo Palmeiras no jogo pela semifinal da Copa do Brasil de 1996 é definido por Danrlei como "uma das maiores garfadas". Anulado de forma equivocada pelo árbitro Dacildo Mourão, o gol de Jardel, o terceiro do Grêmio, levaria o time aos pênaltis.
— Que saudades daquelas batalhas — confessa o ex-goleiro.
A história, claro, foi sua briga com o meia Válber, do Palmeiras, na noite de 26 de julho de 1995, em jogo pelas quartas de final da Libertadores, no Olímpico, uma das tantas partidas inesquecíveis entre os dois clubes. Uma pancadaria tão marcante quanto a goleada de 5 a 0 aplicada pelo time de Luiz Felipe sobre o de Carlos Alberto Silva.
O conflito teve início a 25 minutos do primeiro tempo. Dinho conta que tentou dar uma cabeçada em Válber. Este, mesmo sem ser atingido, caiu no gramado. Temendo ser expulso, o volante afastou-se. Enquanto caminhava, conforme relata, teve o nariz atingido por um soco do palmeirense.
— Nem vi de onde veio a mão. O Bolzoni (médico Márcio Bolzoni) precisou colocar algodão no meu nariz — recorda.
Foi o estopim da confusão. Já fora do gramado, Válber ainda levaria voadoras do próprio Dinho e de Danrlei. Suspenso a partir da imagem da televisão, o goleiro ficaria fora do jogo de volta, em São Paulo. Só após 14 minutos, com a entrada em ação da Brigada Militar, os ânimos serenaram.
Não fosse a presença de policiais civis e brigadianos, a briga teria prosseguido em uma delegacia da Azenha, onde os dois protagonistas iniciais foram prestar depoimento. Já na chegada, novo tumulto. "Pega ele", foi o coro que Dinho ouviu de um grupo de torcedores gremistas que aguardava o ônibus na parada em frente à DP.
— Lá dentro, uns caras que estavam presos ficavam batendo nas grades e pedindo que eu acertasse o Válber. Mas tinha um delegado no meio da gente — sorri o ex-volante.
Dinho teve a chance do revide 10 anos depois, quando reencontrou-se com Válber em festa numa casa noturna em Porto Alegre. Após discussão, os dois só não se engalfinharam devido à intervenção dos seguranças da boate.
A paz, por fim, foi selada no ano de 2008, em um restaurante em Recife, por interferência de amigos comuns, que os incentivaram a jantar juntos. Mas, até hoje, Dinho não se considera amigo de Válber.
— Não vamos mais nos estranhar quando nos encontrarmos. Mas, amigos, não somos — avisa.
"Não tinha papo, nem aperto de mão", relembra DanrleiInstalado em seu gabinete na Câmara Federal, o ex-goleiro Danrlei é rápido ao justificar porque havia tanta motivação dos jogadores do Grêmio nos confrontos com o Palmeiras na década de 1990. Vencer era quase uma questão de honra para o time gaúcho, interpreta o deputado do PSD.
— Em São Paulo, o Palmeiras era apontado pela imprensa como o melhor time do país. O Grêmio era visto como um cavalo paraguaio, mesmo já tendo conquistado uma Libertadores (em 1995). Contra eles, nem era preciso palestra de motivação do Felipão — diz.
A rivalidade era tanta que os jogadores das duas equipes mal se falavam antes e depois dos jogos. Diálogo entre um gremista e um palmeirense só quando Danrlei se encontrava com o lateral Roberto Carlos em convocações da Seleção Brasileira.
— Nos jogos, não tinha papo, aperto de mão, nem sorrisinho.
A eliminação do Grêmio pelo Palmeiras no jogo pela semifinal da Copa do Brasil de 1996 é definido por Danrlei como "uma das maiores garfadas". Anulado de forma equivocada pelo árbitro Dacildo Mourão, o gol de Jardel, o terceiro do Grêmio, levaria o time aos pênaltis.
— Que saudades daquelas batalhas — confessa o ex-goleiro.
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