Luís Henrique Benfica
Ganhar a
Libertadores, ou pelo menos ver o time se manter vivo até as etapas derradeiras
da competição, não será importante apenas pela taça ou por encaminhar a
reeleição do presidente Fábio Koff, algo que o grupo político do atual
comandante já articula.
Koff pensa também como gestor de um período complicado
nas finanças do clube. Farta em premiações, e, também, em possibilidades de
fechamento de novos negócios publicitários, a competição continental poderá ser
o início da redenção financeira do Grêmio.
Somadas todas as etapas, o campeão
irá embolsar R$ 12,7 milhões. Também fica aberta a chance de faturamento
superior a R$ 5 milhões no caso da conquista do Mundial de Clubes.
- Se
avançarmos, teremos a expectativa de alguns meses positivos. Por isso, nosso
objetivo primeiro é eliminar esta fase - diz Koff.
Quando
fala em alguns meses positivos, a referência óbvia é à folha de pagamentos.
Enxugada ao máximo, ela agora gira em torno de R$ 5 milhões, mas ainda segue
como um pesado ônus ao final de cada mês. Na fase de grupos, esta que se
disputa atualmente, cada clube receberá R$ 2,1 milhões como mandante. É o
dinheiro pago pela televisão. Nas oitavas e nas quartas, serão cerca de R$ 1,5
milhão em cada uma das fases. Nas semifinais, o valor pula para R$ 1,6 milhão,
e, na final, chega a R$ 5,4 milhões para o campeão.
Diferentemente
de 2013, quando recém havia assumido e precisava montar uma equipe às pressas,
Koff administra agora a escassez de recursos.
No ano passado, foram gastos
cerca de R$ 30 milhões no início da temporada. Este ano, o investimento não
chegou nem perto disso. Ainda assim, firmou-se o conceito de que também é
possível montar um time vencedor sem muitas estrelas.
- O
futebol é esporte coletivo. Hoje, há uma unidade muito grande no grupo e uma
consciência de que os clubes estão muito equilibrados. Só ganha aquele que
tiver maior poder de superação. Nosso ambiente está muito bom, com todos conscientizados
da importância de ganhar um título como este - discursa o o presidente,
comandante das conquistas de 1983 e 1995 e reconduzido ao poder no final de
2012 sob a promessa de agregar novos troféus à galeria do clube.
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