Oscar, vendido para o Chelsea, em 2012, por R$ 79,2
milhões Crédito: Chelsea Divulgação / CPovo
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Tido como um dos clubes de melhor gestão do futebol
brasileiro, o Internacional é o time do País que mais vendeu atletas em valores
absolutos nos últimos 11 anos. Desde 2003, o Inter faturou R$ 606 milhões,
superando em mais de R$ 120 milhões o segundo colocado, o São Paulo, que atingiu
R$ 481 milhões. Completam as cinco primeiras posições do ranking o Corinthians
(R$ 352 milhões), Cruzeiro (R$ 323 milhões) e Santos (R$ 306
milhões).
Segundo Marcelo Medeiros, vice-presidente de futebol, o posto
alcançado é fruto do trabalho que o clube realiza com os jovens atletas formados
lá.
"Temos um departamento específico para formar jogadores e todos os
anos há atletas do Inter sendo destaque, tanto no futebol brasileiro como
mundial", diz Medeiros.
Como resultado desse trabalho, ele cita os
títulos que o clube conquistou no período: Mundial de Clubes, duas Libertadores
da América, Recopa e oito estaduais.
"Isso é ter visão do mercado.
Futebol não é só vender atletas, mas as negociações fazem parte do clube nos
dias de hoje", comentou o dirigente.
Nesses 10 anos, os principais
jogadores comercializados pelo Internacional foram: Alexandre Pato, que foi para
o Milan (ITA) em 2005, por R$ 56 milhões; Oscar, vendido para o Chelsea (ING),
em 2012, por R$ 79,2 milhões e Taison, que foi para o Shakhtar Donetsk (UCR),
por R$ 40 milhões, em 2013.
Autor do levantamento sobre a transferência
de jogadores, o consultor de marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi, avalia
que a venda de atletas é uma saída do Inter de compensar o valor de sua cota
televisiva em relação a outros grandes clubes.
"O Inter precisa dessa
receita vinda dos atletas para fazer frente aos times de São Paulo e Rio de
Janeiro, que recebem muito mais pela transmissão de seus jogos",
aponta.
Entretanto, o clube de Porto Alegre não leva isso em
consideração.
"Isso não tem relação com o valor da cota que recebemos e
sim com a história do clube", define Medeiros.
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