Felipão foi apresentado no Grêmio Crédito:
Samuel Maciel / CPovo
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Animado, feliz e à vontade. Na sua primeira entrevista
coletiva como técnico do Grêmio, Luiz Felipe Scolari, afirmou que está em casa e
cercado de pessoas que lhe fazem bem. Durante a sua manifestação nesta quarta,
Felipão brincou, provocou risos e disse que deseja ver um time com o espírito do
torcedor: aguerrido. Com este sentimento, o treinador deixou claro que é
possível pensar em títulos ainda em 2014.
"Gente, é só olhar o grupo do
Grêmio e dá para acreditar. O time está numa posição razoável dentro do
Campeonato Brasileiro, mas é possível chegar. Eu gosto da Copa do Brasil, mas é
preciso pensar no Brasileirão, embora o Cruzeiro esteja escapando. O trabalho
irá render", prometeu.
No começo da entrevista, após a manifestação do
presidente Fábio Koff, Felipão comentou que o Tricolor seria o único clube para
o qual ele aceitaria voltar. "Eu jamais aceitaria outro convite que não fosse do
Grêmio. Todos sabem da minha identificação com o clube e todos sabem que sou
torcedor deste clube. Eu estava precisando de carinho, de um abraço e somente
aqui eu poderia encontrar. A recepção da torcida foi maravilhosa", declarou.
Ao ser questionado sobre o prazo do contrato com o Grêmio, Felipão
contou como recebeu o convite do presidente Fábio Koff. "Eu estava assistindo ao
jogo contra o Coritiba e logo depois da partida tocou o telefone. A Olga
(esposa) atendeu e me avisou era o doutor Koff. Fui atendê-lo e conclui que com
a aquela voz só poderia ser", disse entre risos.
Sem tempo de
contrato definido
Felipão não esclareceu o tempo de contrato com o
Grêmio e até comentou que o vínculo foi feito numa folha de papel que estava no
restaurante onde almoçou com Koff. "O trabalho não tem prazo, pode ser seis
meses como pode ser cinco anos e, se for assim, melhor. O mais importante é que
eu sei que tenho apoio até dos dirigentes de oposição porque o presidente fez
questão de ligar para seus pares com intenção de definir isto", disse.
Segundo Felipão, após o convite, ele quis antes discutir a possibilidade
com a esposa e com os filhos. O técnico considerou muito a possibilidade de
assumir o clube no meio do campeonato. "Olha, eu me lembrei da primeira vez em
que cheguei ao Grêmio, em 87. Assumi no meio de um campeonato e assim foi em
1993. Entendi que não teria problema. Até pensei, depois do primeiro contato com
o doutor Koff, que ele tinha esquecido ou desistido, até que na segunda-feira
veio uma segunda ligação e eu aceitei conversar", recordou.
Felipão fez
muitos elogios ao auxiliar-técnico Ivo Wortmann, que classificou como um grande
gremista. "A nossa pretensão é fazer um trabalho integrado com as categorias de
base e o Ivo está aqui para isso. Na década de 90, nós fizemos este trabalho de
renovação e me recordo que fui até Londrina para acompanhar jogos dos juvenis.
Daquelas partidas tiramos Carlos Miguel e Emerson", afirmou.
O novo
técnico do Grêmio assumirá o time a partir da próxima segunda-feira e tem
estreia marcada para o Gre-Nal do dia 10 de agosto. Felipão minimizou a situação
e diz que vai trabalhar forte antes do clássico.
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