Empresário planeja a 'Champions League das Américas' para movimentar R$
2 bilhões
Publicado
em 23/09/2015, 08:15 /espn
Novo torneio renderia 5 vezes mais que Libertadores e a Champions da
Concacaf
Um torneio entre 64
clubes disputado pelas Américas do Sul, Central e do Norte. Um torneio para
bater de frente com a Champions League e movimentar cerca de R$ 2 bilhões.
Este é o sonho do
empresário italiano Riccardo Silva, co-fundador da MP & Silva, empresa
detentora de direitos de transmissão de grandes eventos, que planeja criar uma
competição revolucionária, que multiplicaria por cinco o rendimento anual da
Concacaf Champions League e da Copa Libertadores somadas.
"A possibilidade de termos times dos Estados Unidos competindo
contra alguns dos melhores times do Brasil e Argentina pode ajudar a elevar a
qualidade do jogo a um patamar bem alto", disse o empresário ao jornalSports Business Daily.
"As Américas
também têm uma população 30% maior que a Europa, o que mostra o potencial
comercial da ideia", completou.
Apesar dos números
e planos apresentados, a competição ainda não tem previsão para sair do papel.
Entretato, Silva afirmou que a sua empresa já se encontrou e ouviu pedidos de
grandes clubes da América do Sul, dentre eles o Flamengo e o Corinthians.
Para planejar
futuros encontros com representates das ligas dos Estados Unidos e também do
México, o ex-comissário da NFL, Paul Tagliabue, foi recrutado para assessorar o
projeto. Cartola do futebol americano entre 1989 e 2006, Tagliabue considera o
momento bom para uma ideia como esta.
"A ideia dos
melhores clubes do futebol norte-americano competirem contra os sul-americanos
vem no exato momento em que o futebol cresce fortemente no mercado dos Estados
Unidos", disse.
"O futebol do
continente é conhecido por sua tradição e grande legião de torcedores, mas uma
liga sólida para unir o grande jogo das Américas não existia até agora".
Os recentes
escândalos que atingiram os dirigentes da Conmebol e da Concacaf não
desencorajam Riccardo Silva. Ao invés de ver tudo isso como um problema, ele
acredita que sua ideia se faz ainda mais necessária.
"Se os times
querem jogar uma competição e as emissoras querem transmitir isso, eu não vejo
razão para alguém barrar. É claro, tudo precisa estar em seu lugar e tudo
precisa funcionar para todo mundo, mas se você olhar as oportunidades que isso
pode criar para todas as partes envolvidas, isso faz todo sentido", afirma
Silva, que ainda diz acreditar que o torneio pode mudar radicalmente o esporte
em todo o continente.
"Quando você
vê o dinheiro que pode estar envolvido e o que isso vai render aos clubes, nós
acreditamos que esta pode ser uma reviravolta para o futebol no
continente", finalizou.
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