Desta vez, nada de discursos sobre "zona de conforto" e pedidos para volta à realidade. Após a derrota para quase rebaixado Atlético-GO, Fernandão chamou para si a responsabilidade do revés no Serra Dourada. Destacou que a vitória contra o Atlético-MG foi desgastante para a equipe e que deveria ter avaliado melhor o jogo, aproveitando a vantagem no placar para "fechar a casa".
— Acho que o primeiro tempo conduzimos bem o jogo. A culpa foi minha que não soube segurar a marcação. No segundo tempo, em vez de segurar, fechar a casa, coloquei o D'Ale para segurar a bola e manter a posse de bola. Acho que foi um erro de cálculo meu e assumo a culpa — disse o treinador.
— Corremos muito contra o Atlético-MG e acabamos pagando caro. No segundo tempo deixamos muito a desejar — completou.
Fernandão reconheceu, ainda, que a derrota para o lanterna do campeonato baixa a autoestima do grupo, que esperava uma sequência de vitórias favorecido pela tabela e os jogos contra adversários mais fracos. Destacou, também, a irregularidade do Inter no Brasileirão — e na temporada — mas negou a possibilidade de deixar o Inter antes do final do campeonato nacional. Uma reunião entre comissão técnica e a direção do Inter foi anunciada pelo vice de futebol Luciano Davi para hoje à noite, ainda no hotel, em Goiânia. Porém, minutos depois, o encontro foi cancelado.
— O que passa na minha cabeça é fazer o melhor para o Inter, como tentei fazer hoje de novo — resumiu Fernandão ao ser questionado se passava por sua cabeça a ideia de pedir demissão.
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A atuação do segundo tempo
"Nosso time sentiu o segundo tempo, foi lento. Aqui é muito quente, muito diferente do que estamos acostumados. E não é desculpa, por isso estou assumindo a responsabilidade (pela derrota). Tomamos um gol de empate e ali nós sentimos. O poder de reação diminuiu e as coisas ficaram dificeis."
Ciclos de jogadores no fim
"Isso é questão da diretoria ver. As coisas vão acontecendo e vai se fazendo caminho (para mudanças). No ano passado, o grupo conseguiu no final (a classificação para a Libertadores), ainda que a quinta vaga, mas se esforçou para conseguir. É um ciclo natural, não que vai mudar tudo e eu sou contra mudar tudo. É óbvio que um ou outro jogador venha a surgir. À medida que os jovens vão aparecendo, dá a diretoria o suporte para reformular o elenco. Mas a derrota de hoje não tem nada a ver com isso."
Nova zona de conforto?
"Não foi zona de conforto, falta de determinação, falta de garra, de vontade. Sentimos, principalmente quando tomamos o gol de empate. Alguns gols que você toma tem um peso muito grande. Às vezes você toma um gol e você cai. Porque você sabe que não vai ter força para ir buscar."
Classificação à Libertadores
"Em uma derrota como a de hoje a autoestima baixa bastante. Temos o confronto contra o Figueurense quarta e depois a partida confronto direto (contra o Vasco). Primeiro, temos de elevar a autoestima do grupo. As coisas acontecendo quarta vamos para uma partida que pode decidir muita coisa. Ficou distante, sim. Mas temos pontos a disputar, temos de reerguer o grupo até quarta."
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