Na maratona chamada Brasileirão, cada time e cada profissional define suas estratégias para chegar bem em dezembro. A do Grêmio é peculiar: o técnico Roger separa o campeonato em blocos de cinco jogos e coloca uma meta mínima de aproveitamento: 60%. Ou seja, é preciso ganhar nove de cada 15 pontos disputados. “Acho interessante fracionar assim, porque 38 rodadas é muito difícil de imaginar e às vezes a gente pode se perder pensando que ali na frente vai dar para recuperar algum ponto”, defendeu o treinador, ontem, em entrevista coletiva.
Após o empate com o Corinthians na estreia, portanto, o Grêmio prevê a conquista de pelo menos oito pontos nas próximas quatro partidas: Flamengo (casa), Atlético-MG (fora), Coritiba (casa) e Palmeiras (fora). “Não importa se o bloco contém dois jogos fora e três em casa ou o contrário. Tem que manter o mesmo percentual. O campeão é o time que mantém o maior equilíbrio, como mandante ou visitante”, afirma o comandante. Roger confirmou que seguirá com a formação utilizada no último domingo, com Bolaños como segundo atacante. “A expectativa de vê-lo nesta função foi atendida”, comentou. O técnico fez questão de ressaltar, porém, que a mudança foi motivada pela intenção de mudar as características do jogador desta função, não pelas atuações dos que passaram por ali.
A ressalva, que mantém Luan, Douglas e Lincoln com chances de aparecer na posição outra vez, é facilmente entendida. Depois do jogo contra o Flamengo, Bolaños será desfalque por nove a 12 jogos devido à Copa América. Luan, que em tese seria a primeira opção para retornar ao ataque, logo em seguida deverá jogar a Olimpíada. Ele não marca um gol há oito partidas.
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