Galvão se encanta com desafio do MMA e cria novo bordão: “gladiadores do 3º milênio”
UOL Esporte
O campeão é Júnior Cigano, mas enquanto os olhos acompanhavam o peso pesado, os ouvidos dos telespectadores brasileiros estavam bem atentos com outra estrela na TV: Galvão Bueno. O narrador mais amado e odiado do país fez sua estreia no MMA e, apesar do pouco tempo para fazer sua arte devido ao nocaute em apenas 1 minuto do brasileiro, se mostrou emocionado, reviveu bordões do passado e até criou um novo: “os gladiadores do terceiro milênio”.
Foi com esta nova denominação aos lutadores de MMA que Galvão deu suas “divagadas” do começo ao fim da curta noitada de UFC, a primeira da Rede Globo, contando com Vitor Belfort como comentarista. Foram quatro citações aos “gladiadores” em uma transmissão que durou apenas 30 minutos.
“Uma grande febre, uma mania, uma adrenalina que corre por todas as partes do corpo. São os gladiadores do terceiro milênio, os super-atletas. É como se juntasse em uma só pessoa o atleta mais bem-preparado. A arena montada, com o octógono, é como se fosse um coliseu.” disse o narrador, dando sua definição do MMA. “Os gladiadores lutavam pela sobrevivência ou para deixarem de ser escravos. Esses não, são pais de família. São super-homens.”
Mas não foi só com discursos que Galvão marcou presença. Estiveram presentes alguns bordões antigos, adaptados à nova realidade:
“Haja coração, amigo, se prepara aí” – antes do intervalo
“Hoje ele (Cigano) é o Brasil no octógono” – com a pegada ufanista de sempre
“Esse é famoso, esse é fera, tem cara de mal” – sobre o árbitro John McCarthy
“O Brasil inteiro na pegada firme de direita do Júnior” – chamando a torcida
Na hora da luta, Galvão não deixou barato para os detratores e provou estar em dia com o vocabulário do esporte. “Tentou o primeiro takedown, puxando para o single-leg, puxando uma perna. É assim, vamos usando sando o termo em inglês e traduzindo”, afirmou. Mas não deu tempo para mais. Os segundos finais, foram de êxtase digno de um “é tetra!”.
“Opa, opa, pegou, pegou. Vamos lá, vai terminar. Pra terminar. Mão esquerda: 1, 2, 3, 4. Bate! Acabou, acabou, acabou. Júnior, Júnior, Júnior, Júnior Cigano do Brasil!”, gritou Galvão. “Acabou! É campeão do muuundo, Júnior Cigano.”
O fim da transmissão reservou o lado emocionado do narrador. Além de revelar que Belfort foi às lágrimas na transmissão, admitiu: “Eu não imaginava que depois de 40 anos de trabalho ia surgir um desafio novo. Fiquei encantado, a adrenalina passa pelo corpo inteiro”, concluiu, já marcando um novo compromisso, no dia 14 de janeiro, na segunda edição do UFC no Rio. Haja coração!
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