Quando vejo o Mundial de Clubes da Fifa sinto saudades da Copa Intercontinental
Coluna no Lance!
De Vitor Birner
O texto deste post é a reprodução de minha coluna, sábado, no Lance!
O Peixe não conseguiu encarar o barça, mas a final foi digna do Mundial de clubes.
Já o restante….
Eles chegaram na final. Ainda bem!
Pode me chamar de elitista, egoísta, arrogante ou qualquer coisa do gênero.
Se dependesse apenas de minha vontade, o Mundial de Clubes acabaria e a Copa Intercontinental ressuscitaria.
Apenas na Uefa Champions League e Libertadores da América existe vida futebolística inteligente.
O torneio organizado pela Fifa é de baixo nível técnico. Não satisfaz as expectativas de quem esperar ver jogos compatíveis com o suposto motivo de a competição existir.
Ninguém é capaz de apresentar um mísero argumento esportivo decente para explicar as inclusões dos campeões asiático, africano e da Oceania.
Nem a do representante do país sede.
Eles não merecem a chance de disputar o troféu de melhor do planeta. Precisavam evoluir antes.
A Fifa, ao adicionar equipes de todos as Confederações e distribuir o mesmo número de vagas para cada, deixou clara a intenção de angariar vantagens políticas, explorar novos mercados e aumentar um pouco o próprio faturamento.
A retrógrada entidade liderada por senhores viciados em grana e poder desprezou a qualidade na hora de definir o formato do campeonato.
Pensou em econômica, política, talvez até na geografia. Não levou em conta o futebol.
As participações do El Sadd, Esperánce e Auckland City servem de exemplo. Elas criam a situação bizarra.
Parece que colocaram crianças da pré-escola na disputa por altos cargos de multinacionais contra executivos pós-graduados e com profundo conhecimento do mercado.
Os jovens não estudaram e ganharam experiência antes da concorrência pelas posições mais elevadas da hierarquia social.
O representante do país do Mundial também não merece a vaga. Só nações ‘ruins de bola’ recebem o torneio.
Mesmo se fosse realizado na Inglaterra, Espanha ou Brasil, eu seria contra.
Por que não conseguiram a classificação enfrentando concorrentes de outros países?
Para nossa sorte, as bobagens da Fifa não atrapalharam.
Barça e Santos chegaram à decisão.
O Mundial de verdade técnica começa e termina no domingo.
Estou ansioso pela partida digna de quem ama futebol.
Concacaf e Mazembe
As equipes mexicanos poderiam derrubar meu raciocínio.
O problema é que nas disputas dos mundiais elas decepcionaram.
Já o exemplo do Mazembe, algoz do Internacional ano passado, não justifica a inclusão dos times africano.
Os campeonatos nacionais e a Liga de Clubes Campeões da CAF nunca, em toda história, apresentaram uma equipe digna de ficar ao lado das grandes.
Vaga no Mundial deve ser privilégio dos fortes ao invés de políticos interessados travestidos de caridosos.
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