Atacante boliviano de apenas 24 anos quer ganhar a Taça Libertadores
Por Eduardo Cecconi -Porto Alegre
Metade boliviano, metade brasileiro, Marcelo Moreno chega ao Grêmio para alcançar um sonho: ser protagonista de um grande título. Com apenas 24 anos ele já se estabeleceu como titular da seleção da Bolívia, passou pelas categorias de base do Brasil, e jogou em três países da Europa - Ucrânica, Alemanha e Inglaterra. Falta uma taça no armário. A Libertadores.
Foi com este projeto que o diretor-executivo Paulo Pelaipe o convenceu a aceitar a proposta do Grêmio no final do ano passado. Com quatro milhões de euros, mais 15% dos direitos de Douglas Costa - avaliados em outros dois milhões - o Grêmio tirou Marcelo Moreno do Shakhtar Donetsk.
- O Pelaipe falou das contratações que o Grêmio estava fazendo, que o Kleber já estava no time, e isso me motivou bastante. Eu tinha propostas melhores economicamente, mas isso não era o mais importante no momento. Pesou a ideia de conquistar uma vaga para a Libertadores, de ganhar uma Libertadores - afirmou, em entrevista especial ao GLOBOESPORTE.COM.
Vestindo azul, preto e branco, ele tentará saciar esta fome de títulos, mesmo que tenha conquistado a Liga Europa pelo Shakhtar na temporada 2008/2009. Os demais títulos no armário de Moreno são três estaduais (dois pelo Vitória, um pelo Cruzeiro) e a Supercopa da Alemanha com o Werder Bremen:
- Passei por grandes clubes, consegui o objetivo de todo o jogador, que é dar uma vida melhor à família. Agora estou com fome de títulos, é por isso que voltei ao Brasil, poderia ter ficado na Europa, mas vim para ganhar.
Em dois jogos pelo Grêmio, Moreno marcou um gol e sofreu um pênalti (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)A ligação de Moreno com o Brasil é muito forte. Filho de pai brasileiro e mãe boliviana, natural de Santa Cruz de la Sierra, ele morou ainda criança por dois anos em São Paulo, retornou ao país natal, e chegou ao Vitória em 2004, egresso do Oriente Petrolero.
O sucesso veio rápido, e a dupla nacionalidade lhe permitiu defender a Seleção Brasileira em duas competições - a Copa Sendai sub-18 em 2005, e a Copa Mediterrâneo sub-20 no ano seguinte. Na primeira teve Marcelo Grohe, goleiro reserva do Grêmio, entre os companheiros. No total, marcou 15 gols com a camisa amarela, mas à época precisava definir a qual país serviria, e ele escolheu a Bolívia.
Não é uma preferência. Moreno não se acha mais boliviano nem mais brasileiro. Ama as duas pátrias, a ponto de emocionar-se quando ouve o hino nacional de ambos os países.
- Só quem está jogando pode descrever o sentimento de cantar o hino nacional. Me sinto orgulhoso de ter vestido a camisa da Seleção Brasileira. Já tenho a experiência em casa, com minha mãe e meu pai. Sinto um amor imenso pelos dois países. Sem preferência.
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