Caxumba virou uma das principais preocupações do Grêmio a poucos dias de encarar a LDU. O surto da doença atingiu agora Ramiro, o terceiro caso no clube depois de Luan e Henrique Almeida. O volante transformado em lateral virou desfalque para o confronto em Quito, abrindo uma lacuna no time. A preocupação é que mais atletas sejam atingidos até a partida.
“Poderá haver outro caso sim. Podem estar com o vírus e ele ainda não ter se manifestado” , explicou o médico Márcio Bolzoni. O surto em Porto Alegre está surpreendendo especialistas. “Este é um problema bastante importante não só no Grêmio como na cidade. Infectologistas não sabem porque está havendo um surto. O que se espera é que a maioria tenha imunidade”, acrescentou.
A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas — uma das responsáveis por produzir saliva —, localizadas nas laterais do pescoço. O inchamento e dores na região são os sintomas. O tratamento consiste em repouso e uso de medicamentos para aliviar a dor. Dura, em média, dez dias.
A vacina é uma medida preventiva. A partir do primeiro caso, detectado no dia 18 de março em Luan, no entanto, não adiantava mais fazê-la no restante do elenco. Segundo o médico gremista, o vírus fica incubado entre 10 e 15 dias antes de se manifestar. “Não adiantava porque todos no grupo já tinham sido expostos. A vacina leva 30 dias para que o indivíduo pegue imunidade e ela não serve se a pessoa já está com o vírus incubado”, disse Bolzoni.
O departamento médico estuda, agora, fazer a vacina assim que os casos cessarem, já que não adianta antes. Depois da identificação em Ramiro, segundo Bolzoni, é necessário esperar de 20 a 30 dias para garantir que nenhum outro atleta carregue o vírus encubado. “Como há um surto na cidade, nada impede que um jogador traga algum caso de fora”, ressaltou. O clube consulta infectologistas para saber qual o melhor momento para vacinar o grupo.
Os próprios atletas começaram a questionar os seus pais para saber se já tiveram caxumba na infância, onde a doença é mais frequente. Roger, na sexta-feira, revelou que telefonou para a sua mãe e que a resposta foi negativa. Ou seja, é um dos preocupados. Maicon disse que faria o mesmo na noite de ontem. “Eu não lembro. Vou ligar mais tarde para o meu pai e a minha mãe para saber”, destacou. O Grêmio torce para que nenhum caso novo surja e Roger não tenha mais problemas no grupo. “Estão todos sob observação”, salientou o médico gremista.
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