Cade se isenta de tarefa reguladora e deixa Clube dos 13 'de pincel sem escada'
por ESPN.com.BR
A abertura da audiência pública no Senado Federal foi marcada pela divergência entre Clube dos 13 e Rede Globo, e a posição neutra da CBF e do Cade sobre a questão dos contratos de venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
O presidente do C13, Fábio Koff, voltou a afirmar que seguiu as determinações do Cade na montagem do processo de licitação, e agora se vê desamparado pelos orgãos reguladores. "Acreditei que estava no caminho certo, seguindo a lei, e o Clube dos 13 ficou no pincel sem escada. Não me arrependo do que fiz, não estou fazendo uma avaliação da validade do contrato que eu assinei por procuração, eu agi como o cade determinou" disse o dirigente.
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Pressionado por Koff, o presidente do Cade, Fernando Furlan, afirmou que o orgão não deve regular o mercado, apenas fiscalizar para que as regras de concorrência sejam respeitadas: "O Cade não é agente regulador, não tem competência para criar normas reguladoras e fiscalizar os cumprimentos dessas normas. Temos que fiscalizar o mercado, para ver se ele está dentro das regras de concorrência".
Para a Rede Globo, representada pelo vice-presidente Evandro Pimentel na audiência pública, o problema do processo de concorrência é que a licitação era baseada apenas nos valores envolvidos. "Os aspectos de transmissão, de ter condições de promover as partidas não foi levado em questão. Nosso intuito sempre foi levar o melhor produto ao telespectador e a globo está estruturada para fazer uma cobertura de qualidade do futebol", afirmou.
O representante da Rede Globo também vê com naturalidade a opção dos clubes de negociarem individualmente os seus direitos com a emissora. "O C13 é uma associação e os seus associados não concordaram com uma licitação que valorizava apenas preço. O clube pode ter atentado para isso, eles devem olhar para as empresas e pensam: 'essas empresas conseguem oferecer uma cobertura nacional?'. É muito fácil para um presidente de clube que queira uma exposição nacional enxergar as diferenças entre as opções do mercado", revelou Pimentel.
A CBF se isentou de qualquer participação no processo de venda dos direitos e na elaboração dos contratos e afirmou apenas organizar o Campeonato Brasileiro. "a gente mexe com a organização do campeonato, e sobre esse assunto não temos diretamente nenhuma responsabilidade", disse Ricardo
Teixeira ,presidente da entidade.
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