Em meio à caminhada na Libertadores, técnico não tem garantias de permanência.
Torcida faz pressão
Por GLOBOESPORTE.COM -Porto Alegre
Celso Roth tem garantias apenas momentâneas.
Houve um momento no ano passado em que o técnico uruguaio Jorge Fossati disse
que precisaria refletir sobre se valia a pena seguir no Inter,
tamanha era a incerteza que o rondava.
E nem houve tempo para muita reflexão.
O clube agiu primeiro e decidiu demiti-lo, mas com a segurança da classificação
para as semifinais da Libertadores.
Seu substituto foi Celso Roth, que, ironicamente, vive situação parecida em 2011.
O técnico não tem garantias de que comandará o Inter nas etapas de mata-mata
da competição que conquistou na temporada passada.
A batata de Celso Roth assa desde a perda do Mundial.
Um dia depois da derrota para o Mazembe, a saída dele era praticamente certa em Abu Dhabi.
Mas a intervenção de Fernando Carvalho, na época vice-presidente de futebol,
e a falta de opções no mercado renderam a permanência do treinador.
Porém, ele iniciou o ano com resistência interna, dentro da própria diretoria.
Não significa que ele seja visto como mau treinador. Longe disso.
A questão é que pairam dúvidas, no clube, sobre ele ser o técnico
mais adequado para o momento colorado.
Roth tem apenas duas derrotas na temporada.
Mas o mau momento do time preocupa.
São empates sequenciais no Gauchão, aliados ao insucesso contra o Jaguares.
Aumentou a pressão da torcida, e tudo que a diretoria garante é uma permanência “momentânea”
do treinador, conforme o vice-presidente de futebol do clube gaúcho,
Roberto Siegmann,
evidenciou em entrevista para a Rádio Bandeirantes.
Questionado sobre a permanência do técnico, ele tangenciou e disse que seria importante
primeiro classificar e depois analisar o que acontece.
A exemplo do que ocorreu com Fossati, a classificação pode ser a senha para a saída de Roth.
O Inter não tem dúvidas de que tem um elenco qualificado.
E se questiona sobre os porquês de a qualidade por vezes não ficar tão evidenciada.
O presidente do clube, Giovanni Luigi, diagnosticou que o time não tem conseguido superar retrancas.
Siegmann, contra o Jaguares, viu problemas inclusive no comportamento da equipe,
uma reclamação também de boa parte da torcida.
Celso Roth admite que a atuação foi muito ruim no México.
Mas vê o rendimento como exceção.
- Isso foi um jogo. Não é nosso modelo, não é o time, não são os jogadores.
É um jogo em que não fomos bem – disse o treinador.
O próximo jogo do Inter pela Libertadores é no dia 19, no Beira-Rio, contra o Emelec.
Um empate basta para o time colorado garantir a classificação.
A permanência de Roth dependerá do que acontecer com o time colorado no
Gauchão até lá e do próprio desempenho nessa partida.
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